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Notícia do jornal Público

22 de dezembro de 2023

Discriminação

Mais de meio milhão de portugueses – precisamente 535,6 mil – identifica-se como não branco. Este é o resultado das primeiras estatísticas oficiais sobre origem étnico-racial da população portuguesa, divulgadas nesta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que revelam que há 6,4 milhões de pessoas que se identificam como brancas, 169,2 mil como negras, 56,6 mil como asiáticas, 47,5 mil como ciganas e 262,3 mil com origem ou pertença mista.

 

 

Os resultados que têm como base uma população de 7,5 milhões com idade entre os 18 e 74 anos mostram ainda que a quase totalidade das pessoas se identifica com apenas um dos grupos étnicos referidos (87,2%) e que 12,6% não soube ou preferiu não se identificar com qualquer dos grupos. No total, cerca de 7% declarou-se não branco.

Além disso, 1,4 milhões de pessoas têm background imigratório: 947,5 mil são imigrantes de primeira geração e a maioria desses (65,2%) reside em Portugal há mais de dez anos. A população que se identifica com os grupos étnicos negro, asiático e origem ou pertença mista tem as maiores proporções de background imigratório (90,3%, 83,7% e 69,2%, respetivamente).

Há anos que alguns sociólogos, responsáveis por políticas públicas, ativistas e as próprias Nações Unidas queriam ver este retrato sobre a sociedade, de modo a ter uma fotografia da composição étnico-racial da população. Um grupo de trabalho formado para refletir sobre a sua inclusão no Censos 2021 apoiou esta ideia. Porém, por não ser consensual, o INE acabou por chumbar a ideia em 2019, apresentando a realização de um inquérito como alternativa.

 

Mais de 16% foi discriminado, o dobro testemunhou

(…) Um segundo dado forte do inquérito é que mais de 1,2 milhões de pessoas – 16,2 % – disse ter sofrido discriminação e mais do dobro – 2,7 milhões – afirmou ter presenciado atos de discriminação. Por outro lado, são 65% os portugueses que consideram que há discriminação, o grupo étnico (82,6% e 67,5%), a cor da pele (79,7% e 71,9%), a orientação sexual (71,5% e 51,9%) e o território de origem (69,6% e 56,9%) são apontados como os fatores mais relevantes na discriminação percebida e na testemunhada, respetivamente.

A discriminação foi mais sentida por pessoas que se identificam como ciganas (51,3%), negras (44,2%) ou com pertença mista (40,4%). Só 13,9% das pessoas brancas disseram sentir-se discriminadas, e, entre os asiáticos, um quarto afirmou o mesmo.

 

 

 

Consultar mais informação:

Notícia completa “Mais de meio milhão de portugueses identifica-se como não branco”
https://www.publico.pt/2023/12/22/sociedade/noticia/12-milhoes-discriminadas-portugal-2074587 - (22 de dezembro de 2023)

Destaque do INE –Mais de 1,2 milhões de pessoas já sofreram discriminação em Portugal – 2023”
Inquérito às Condições Origens e Trajetórias da População Residente em Portugal (ICOT)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=625453018&DESTAQUESmodo=2

 

 

 

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