A prosperidade económica da União Europeia tem pressionado o ambiente de forma crescente.
A produção de resíduos sólidos urbanos aumenta todos os anos, com um impacto ambiental inegável. A poluição do ar e das águas são consequências. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), entre 1990 e 1995, a sua produção cresceu 10%, e em 2020, poderá ser 45% superior face a 1995.
4 milhões e 700 mil toneladas de resíduos em 2007
Reciclar 22,5% até 2011
O Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU) é o principal instrumento de referência para a gestão de resíduos em Portugal.
(…) Define prioridades e fixa metas impostas ao nível europeu para a produção, reciclagem, valorização orgânica, incineração com recuperação de energia e deposição em aterro. Portugal tem de reciclar, em 2011, pelo menos 22,5% do total de embalagens plásticas colocadas no mercado, desde o produtor ao consumidor: produtos usados para conter, proteger, movimentar, manusear e entregar matérias-primas e produtos transformáveis, incluindo os descartáveis.
Em 2007, a Sociedade Ponto Verde, entidade gestora dos resíduos de embalagem, retomou 288 toneladas do fluxo urbano. Mais de 90% provinha da recolha selectiva. O papel e cartão foram os mais recolhidos e 72% das embalagens declaradas foram encaminhadas para reciclagem. Mas só 18% do plástico teve o mesmo destino.
Plásticos pesam cerca de 11% do total dos resíduos sólidos urbanos
Segundo dados de 2008 da Plastics Europe, a embalagem é a maior aplicação para o plástico, com 37%. Segue-se a construção com 21% e a indústria automóvel, com cerca de 8%.
Sucesso comercial
O plástico é fabricado a partir de produtos orgânicos, como celulose, carvão, gás natural ou petróleo. Cerca de 4% do petróleo e gás consumido na Europa destina-se a criar materiais plásticos. Estima-se que, para obter 1 kg de plástico, sejam necessários 2 kg de petróleo.
Reciclar compensa
Além de poupar recursos, reciclar plástico reduz a emissão de gases de efeito de estufa: 1 tonelada reciclada representa menos 1,35 toneladas de CO2 equivalente. Ajuda, também, a prolongar a vida dos aterros sanitários, ao desviar grandes volumes que rapidamente esgotariam a sua capacidade.
A flexibilidade, resistência, impermeabilidade e higiene do plástico explicam o seu sucesso. As embalagens, aptas para o contacto alimentar, não alteram o sabor nem a qualidade dos alimentos, protegendo-os do exterior. Em média, não perfazem mais do que 1 a 3% do peso total do produto.
322 Habitantes por Ecoponto

|